Apenas no mês de março, os especialistas em mineração de bitcoins chegaram a arrecadar US$ 1,5 bilhão. Mas a atividade não é para qualquer um e ainda desperta preocupações ambientais
Até bem pouco tempo atrás, uma pessoa que relacionasse a atividade de mineração com um bando de "nerds" por trás de computadores com enorme capacidade de processamento seria taxada de lunática. Mas é dessa forma que ficou conhecida a atividade de quem atua nas redes de criptomoedas, incluindo a mais famosa delas, o bitcoin.
A mineração serve não apenas para validar a rede de criptomoedas e mantê-la à prova de fraudes, mas também para colocar no mercado novas unidades de bitcoins e outras criptos.
Trata-se de uma atividade bastante lucrativa. Ainda mais no atual momento de euforia pelo qual passa o mercado de criptomoedas. Apenas no mês de março, os especialistas em mineração chegaram a arrecadar US$ 1,5 bilhão, de acordo com o The Block Research.
Tanto dinheiro — real e virtual — circulando levou à escassez de microchips usados nas máquinas de mineração, o que chegou a ser um princípio de ameaça para a rede da criptomoeda.
Tantos computadores ligados ao mesmo tempo demandam um enorme consumo de energia, o que despertou críticas recentemente sobre o impacto ambiental da atividade, inclusive de nomes como o bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft.
A mineração de criptomoedas é um processo competitivo, pois vários mineradores estão tentando resolver o mesmo problema matemático ao mesmo tempo. O primeiro minerador a encontrar a solução correta para o problema é recompensado com novas unidades da criptomoeda que está sendo minerada e as transações validadas por ele são adicionadas à blockchain.
Os mineradores usam computadores especializados, chamados de "rigs de mineração", que possuem placas gráficas poderosas e um software específico de mineração. O software executa cálculos matemáticos repetitivos, chamados de "hashes", que consomem muita energia e recursos computacionais. A dificuldade dos problemas matemáticos é ajustada automaticamente pela rede para garantir que novas unidades de criptomoedas sejam criadas em um ritmo previsível e sustentável.
A mineração de criptomoedas também inclui a validação de transações. Cada transação em uma criptomoeda precisa ser verificada e validada pelos mineradores para que seja registrada na blockchain. Os mineradores cobram uma taxa de transação para validar essas transações, o que ajuda a incentivar a mineração e a manter a segurança da rede.
No entanto, a mineração de criptomoedas tem algumas desvantagens. O consumo de energia é um dos maiores problemas, pois a mineração requer grandes quantidades de eletricidade. Alguns mineradores optam por usar fontes de energia renovável, como a energia solar ou eólica, para reduzir seus custos e impactos ambientais. Além disso, a mineração de criptomoedas pode ser bastante cara para os mineradores iniciantes, pois eles precisam investir em hardware especializado e lidar com a concorrência de mineradores mais experientes e bem financiados.
Espero que essas informações tenham ajudado a entender melhor como funciona a mineração de criptomoedas.
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